Aqui
estou eu, tentando encontrar uma forma de resumir em um capítulo de blog a
grandiosidade de algo como o Grand Canyon e tentando pensar se sequer seria possível expressar através de palavras o que se sente naquele lugar. A verdade
é que, infelizmente, não conseguirei e seria pretensioso demais de minha parte
achar que sim.
Mas posso, pelo menos, tentar dar boas razões para que alguém queira ir lá para ver com seus próprios olhos e para pisar com seus próprios pés.
Talvez isso ajude a construir uma imagem mental do que eu quero dizer:
Mas posso, pelo menos, tentar dar boas razões para que alguém queira ir lá para ver com seus próprios olhos e para pisar com seus próprios pés.
Talvez isso ajude a construir uma imagem mental do que eu quero dizer:
http://youtu.be/yOk0z6qzLwI
http://youtu.be/bEVEsIW4OXo
http://youtu.be/bEVEsIW4OXo
Na
verdade, os principais motivos que me levaram a realizar o intercâmbio nesta região (e não
em outra) dos Estados Unidos foram: poder estar
próximo do Grand Canyon e não muito distante de Las Vegas (6 horas de carro a
partir de Tusayan).
Minha
vontade de conhecer estes dois lugares em especial aumentava por saber que ali
haviam sido produzidos a maioria dos clássicos filmes de faroeste sobre os quais
ouvia falar desde minha infância; estaria também vivendo no velho oeste, terra
das cidades fantasmas, onde os foras da lei
eram procurados pelos xerifes; território com as reservas indígenas e o ambiente
de inspiração dos desenhos animados do Papa Léguas e do Coiote, obviamente, com
todos os cactos na paisagem.
Além disso, algumas bandas e cantores famosos dos anos 70, 80 e 90 utilizaram a região como cenário para a produção de videoclipes fantásticos como a Bonnie Tyler e o Bon Jovi, por exemplo:
O Grand Canyon National Park é considerado patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) desde 1979. Cortado pelo Rio Colorado na maioria de sua extensão, ele é uma dentre as 7 maravilhas naturais do mundo.
http://youtu.be/ZwyBK0p81Wk
http://youtu.be/qWdFIXn2Mdo
http://youtu.be/k4asblEwVLM
Além disso, algumas bandas e cantores famosos dos anos 70, 80 e 90 utilizaram a região como cenário para a produção de videoclipes fantásticos como a Bonnie Tyler e o Bon Jovi, por exemplo:
http://youtu.be/BVtaVrUAPK0
http://youtu.be/MfmYCM4CS8o
O Grand Canyon National Park é considerado patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) desde 1979. Cortado pelo Rio Colorado na maioria de sua extensão, ele é uma dentre as 7 maravilhas naturais do mundo.
O
parque cobre uma área de 4.926 km² (equivalente à área aproximada de Trinidad e
Tobago na América Central, OU de Cabo Verde, país africano de língua portuguesa,
OU equivalente a 2 vezes o tamanho de Luxemburgo na Europa, OU a 5 vezes o
tamanho de Hong Kong na Ásia). Mas, por outro lado, é interessante saber que
ele é apenas 3 vezes maior em território do que toda a área do município de Caxias
do Sul (não podemos nos esquecer de que também vivemos em um país com
proporções continentais!).
O
Grand Canyon foi nomeado parque nacional em 1919 e o presidente americano
Theodore Roosevelt foi um dos principais promotores da preservação desta área
(por isso fiquei tão contente ao encontrar a biografia do Roosevelt esta semana na
Feira do Livro aqui em Caxias do Sul).
O
cânion em si, como elemento geográfico, possui 446 km de extensão, chega a
até 29 km de largura em alguns trechos e pode chegar a 1800 metros de altura a
partir da borda, em alguns pontos.
Cerca
de 2 bilhões de anos de história geológica do planeta Terra estão expostos
neste lugar, com o rio Colorado aprofundando em cerca de 1 cm por ano (o que,
em termos geológicos, é um índice altíssimo!) e transportando sedimentos ao
longo de seu curso, tornando possível visualizar as diferentes camadas de rocha
sobrepostas nas paredes do cânion.
Estudos
revelam que, há bilhões de anos atrás, o terreno que hoje está na superfície do
cânion era coberto por um oceano devido ao fato de haverem resquícios de peixes e até de cavalos-marinhos petrificados, além de ser possível de serem encontrados outros animais já extintos e pré-históricos como trilobites, à
medida em que se vai descendo e depois subindo pelas trilhas, em caminhadas que
possuem diferentes trajetos e distâncias chamadas de hiking.
O
primeiro europeu que avistou o Grand Canyon (pelo que constam nos registros
históricos) foi o espanhol García López de Cárdenas, em 1540. Antes dos
conquistadores chegarem na região, a mesma era habitada por americanos nativos
oriundos de diversas nações indígenas.
http://youtu.be/Cd01vvoU23c
http://youtu.be/Bxj6OkCYFoQ
Outro
nome importante para a história do Grand Canyon foi o do Major John Wesley
Powell que liderou uma expedição de exploração do cânion em 1869, descendo em
grandes barcos de madeira pelo rio Colorado (barcos que podem ser vistos e
estão expostos no National Geographic Visitor’s Center em Tusayan, um dos
locais onde trabalhei durante o intercâmbio).
Existem
diversas atividades oferecidas aos turistas que visitam o parque como passeios
de jipe através da Floresta Nacional de Kaibab, conhecendo a flora e a fauna
local e terminando na borda do cânion para se admirar o pôr do sol.
Além
deste, se pode sobrevoar o cânion de helicóptero ou em pequenos aviões; visitar os pontos de observação nas bordas do cânion; ou
descer pelas trilhas do cânion até o rio Colorado e voltar também por trilhas
(pode ser feito montado em mulas mas estes passeios precisam ser agendados com
muita antecedência e são mais caros!); ou descer o rio Colorado em botes,
fazendo o rafting pelas corredeiras em alguns trechos.
http://youtu.be/8CbdDJflpe4
Meu
trabalho no guichê de informações turísticas do NGVC (National Geographic
Visitor’s Center) também era o de vender qualquer um destes serviços com
atividades no parque oferecidas aos turistas.
Fora
passar pelos pontos de observação na borda sul (localizada no estado
do Arizona – porque a borda norte localiza-se no estado de Utah) do cânion, a
atividade mais marcante de todo este período foi ter feito o hiking por suas trilhas.
Fiz
o percurso mais longo que desce pela South Kaibab Trail, passando pela ponte
suspensa (Suspension Bridge) e cruzando o rio Colorado até o Phantom Ranch:
http://youtu.be/0E6FWgp8sAE
As
trilhas possuem no máximo um metro e meio de largura, com toras de madeira
afixadas na rocha por barras de metal, formando os degraus ou patamares da
trilha. Ao longo da trilha, se encontram diversos esquilos, escorpiões amarelos
do tamanho de uma mão e cascavéis.
Foi uma das experiências mais intensas de toda a minha vida até então. Cheguei nos
limites de minha resistência física (mesmo tomando todas as precauções para não
sofrer desidratação ou ensolação por causa do calor que atingia os
inacreditáveis 50°C no leito do rio Colorado!) mas a vista, o sentimento,
o trajeto, a paz, o silêncio... tudo era demais!
São você e a natureza, nua e crua. Literalmente, a impressão que se tem é a de estar entrando em uma outra dimensão.
São você e a natureza, nua e crua. Literalmente, a impressão que se tem é a de estar entrando em uma outra dimensão.
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